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Avenida Paulista, da Consolação ao Paraíso – Vários Artistas (disco)
Dirigido por Felipe Hirsch, com produção musical de Maria Beraldo, o espetáculo resultou em um disco recheado de visões, experiências e células etnográficas sobre uma das avenidas mais importantes do país. As composições são potentes e assinadas por um time emblemático: Juçara Marçal, Arnaldo Antunes, Kiko Dinucci, Tulipa Ruiz e Rodrigo Ogi.
Não Tem Nada para Ver Aqui – Celacanto (disco)
Que estreia linda da banda paulistana Celacanto! Não Tem Nada para Ver Aqui é viciante desde o primeiro play. O disco transita entre momentos de rock, pós-punk e psicodelia, com uma lírica sensível e, por vezes, romântica. Virei fã.
AVIA – Josyara (disco)
Pop, tropical, delícia latina — e aquele destaque para a voz única de Josyara. AVIA já é meu disco favorito da baiana, que escolheu um repertório belíssimo, com canções de Cátia de França, Anelis Assumpção e parcerias com Pitty, Iara Rennó, Juliana Linhares e Liniker. Que momento lindo!
Nenhuma Estrela – Terno Rei (disco)
Falando em discos favoritos, Nenhuma Estrela é o primeiro disco do Terno Rei que me cativou por completo. Ele apresenta diversas cores e atmosferas, rompendo com o marasmo dos álbuns anteriores, que pareciam uma única canção de 40 minutos. Grande destaque para as faixas com participações de Paira e Lô Borges.
Eu Te Amo – Catto (single)
Depois de Belezas São Coisas Acesas por Dentro, fiquei curioso para ouvir um disco de inéditas da Catto. Ela chegou com um single que a posiciona como uma diva rock-star. A faixa remete a algo noturno, trevoso — como fumar cigarros depois de um porre por conta de assuntos do amor. Está incrível.
Doutor – Marina Melo, Otto (single)
Que encontro maravilhoso entre a paulistana Marina Melo e o pernambucano Otto! Doutor é uma canção que sinaliza a emergência climática em que vivemos, em que o eu lírico é o próprio planeta Terra pedindo socorro.
Destaque para a incrível produção de Luiza Brina.
Bad English – Vovô Bebê (disco)
Um dos artistas mais inventivos da música brasileira está com disco novo na pista. Bad English soa como uma homenagem de Vovô Bebê às suas referências da juventude nos anos 1990. Há um tom de pós-crítica sobre o inglês falado no Sul Global sendo constantemente bombardeado por referências colonizadoras.
MANAUERO – Jambu (disco)
Entre misturas de rock, música eletrônica, reggae e forró, os manauaras da Jambu entregam um disco potente que revela os impactos de sair da sua terra e enxergar, com novas lentes, o lugar de onde vieram. É bonito também como ilustram essa identidade bairrista nos figurinos e visuais.
Irreversível – Mahmundi (single)
Que alegria ver Mahmundi de volta a uma sonoridade indie! Irreversível marca essa nova era da artista, agora fora de uma grande gravadora, e remete muito ao início de sua carreira. É bonito como a canção começa de forma mais orgânica e acústica, depois se acelera, combinando violões dedilhados com elementos eletrônicos modernos.
Divina Casca – Rachel Reis (disco)
O novo disco da baiana Rachel Reis revela seu amadurecimento artístico e reforça a importância de ela assinar a direção artística do projeto, resultando em um trabalho coeso. Mantendo sua assinatura rítmica — que mistura MPB, afrobeat, reggae e arrocha — o álbum explora temas como autoafirmação, complexidade emocional e libertação das expectativas alheias.